domingo, 14 de agosto de 2011

Ian e Loui, Loui e Ian

Acordei com Loui passando,
Ian pulando. Loui trepou na rede,
Ian sentou no sofá,
Loui transformou a rede num cavalo,
Ian traduziu a revista para o Ianês.

Loui pulou na poltrona.
Ian fugiu para o quarto.
Loui me contou sobre evolução.
Ian chegou de mansinho.

Pára Ian, pára Loui!
Loui espiou no buraco da fechadura,
Ian acha difícil virar ninja.
Loui é um pingüim.

Ian se escondeu embaixo das cobertas.
Loui voou sobre a minha cabeça.
Os cabelos compridos macios, um cafuné, um segundo de silêncio.
Loui quer ganhar todos os prêmios, Ian quer virar ninja.

Ian quer que o pai escreva poemas.
Loui quer que o pai tome café.

No sofá, os olhos de Ian, o sorriso de Loui.
Todos juntos não somavam um adulto sequer.
Observando de longe, admito que por um instante, me senti um pingüim plenamente realizado.
 

Um comentário: