quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A Cebola de Fibonacci e a Teoria do Corte em Arco

É impressionante o quanto é possível refletir sobre uma cebola. Matemática medieval, teorias físicas, filosofia oriental e ocidental, engenharia, arquitetura. Tudo isso está contido em uma cebola. Para ser mais precisa, é preciso analisar a relação homem-cebola. Afinal a relação homem-maçã, excluindo-se Adão e Eva, levou Newton a descoberta da força da gravidade.

A complexidade universal envolvida nas entranhas da cebola, não é tarefa fácil de explicar. Mas sim, tentarei fazê-lo, afinal, acredito que compartilhar conhecimento é o grande segredo da salvação mundial.

Então. Em mãos, precisaremos de um amigo para instigar o porvir dialético-reflexivo, uma nobre cebola, uma faca afiada e uma tabua de madeira.

A precisão no primeiro corte é essencial. Nesse bulbo de interessante configuração, deve ser feito, no meridiano de Greenwich, o corte elementar. O resultado será duas metades de cebola. Trabalharemos sobre uma das metades, sem esquecermos de frisar que neste momento, o processo da espiral áurea já começa a se manifestar com a inversão da seqüência de Fibonacci. Explicarei: Da cebola inteira para meia cebola, seguindo para a cebola em arcos, e assim por diante, a ação de corte se dá com a inversão da espiral áurea, na medida em que teremos uma dificuldade crescente de segurar a cebola. Assim como é fácil tocar a borda da concha de um náutilo na curva mais aberta de sua estrutura, se torna fibonaticamente mas difícil seguir sua espiral até o centro, pois usando apenas 10% da nossa capacidade cerebral, ainda não descobrimos como o dedo humano poderia diminuir com auto-sugestão.

Terminado o primeiro procedimento, encontraremos o corte em arcos. Porque em arcos? Elementar. Se você nunca cortou uma cebola em arcos, preste atenção: cortaremos cada arco como se fosse um meridiano, visando sempre o centro da cebola. Desta forma, quando exercemos pressão horizontal sobre a cebola, ela não se desfará em suas mãos. Assim como as pontes não se desfazem sob seus pés.

O procedimento final contará com um leve "zigue-zague" no corte dos pedacinhos menores, agora no sentido dos trópicos da cebola. O zigue-zague permitirá maior controle sobre a cebola até que cheguemos a sua menor parte que sim, é impossível de cortar direito mesmo com a presença de Albert Einstein ao seu lado.

Por fim, todo este procedimento é acompanhado por um estado de quietude da mente, concentrando-se para manter a precisão dentro da maior distância possível da cebola. Um momento sublime onde as leis da natureza e a ciência mesclam-se em puro ardor. E finalmente, não. Nós e Newton não estávamos nos drogando em nossas pesquisas alimentícias. 



Bônus: O uso erótico-sensual da cebola


Um agradecimento especial ao amigo Mazzoca, sempre me brindando com discussões altamente elucidativas.

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