Alguns espetáculos são
descritíveis.
Aqueles do corpo e do
invisível.
Quando o peso da terra
recai sobre o estômago.
Uma pausa repentina,
um dos frutos da
inocência.
Quando existe uma
pureza destoante, natural ou forjada, instituída.
Não se pode evitar o
que se é.
O saber um pouco de si,
é tanto benção como danação.
O modus operandi
de não sujar aquilo que se oferece, branca, como noiva em núpcias.
A destrutiva tensão do
possível, do provável.
Suportar o peso do
próprio discurso, a teia fina que rasga a boca.
Romper o tecido mais
doce, suave, sincero...
Quando o peso da terra
recai sobre o estômago.