segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Algo sobre as moscas brancas


Alguns espetáculos são descritíveis.
Aqueles do corpo e do invisível.
Quando o peso da terra recai sobre o estômago.

Uma pausa repentina,
um dos frutos da inocência.
Quando existe uma pureza destoante, natural ou forjada, instituída.

Não se pode evitar o que se é.
O saber um pouco de si, é tanto benção como danação.
O modus operandi de não sujar aquilo que se oferece, branca, como noiva em núpcias.

A destrutiva tensão do possível, do provável.
Suportar o peso do próprio discurso, a teia fina que rasga a boca.
Romper o tecido mais doce, suave, sincero...
Quando o peso da terra recai sobre o estômago.